Irã x EUA - Vai haver Terceira Guerra?
Vamos entender a crise atual.
Um bombardeio americano matou o general iraniano Qassim
Suleimani no dia 02 de Janeiro 2020 no Aeroporto internacional de Bagda no
Iraque.
Mas quem é esse tal de Suleimani?
A esquerda Qasem Soleimani e a direita Ali Khamenei. Atras um monte de "oreia seca' KKK.
Qasem Soleimani era o chefe da Força Revolucionária da Guarda
Quds, a tropa de elite do exército iraniano, um militar de alta patente com
excelente relação com o líder supremo do Irã, Ali Khamenei. Uma grande liderança política, talvez o futuro
líder político do Irã.". Ou seja o cara não era "pouca bosta era muita".
Ele era o alvo?
Sob comando de Suleimani a tropa de elite do exercito Iraniano era
apontada por uma invasão a Embaixada americana em Bagdá dias antes do
bombardeio que matou o general, alem de ser acusado de desenvolver planos para
atacar diplomatas americanos e membros do serviço no Iraque e em toda região,
sua morte seria a resposta a impedir futuros ataques iranianos. Já o Irã por
sua vez nega as acusações e a participação nos atentados, que geralmente são
reivindicados por grupos rebeldes, terroristas e paramilitares, porem o Irã também
é acusado de armar e financiar esses grupos.
Foto mostra veículo destruído perto de onde o comboio do general iraniano Qasem Soleimani foi alvo de ataque de drone dos EUA quando deixava o aeroporto de Bagdá, no Iraque.
Tensão Antiga.
A histórica tensão entre americanos e iranianos já vem de tempos,
no entanto, se aprofundou em junho passado, quando dois petroleiros, um
norueguês e outro japonês, foram atingidos por torpedos no golfo de Omã, uma
área próxima ao Estreito de Ormuz território iraniano, de onde sai um quinto do
petróleo consumido no mundo. Os iranianos negaram participação no ataque
novamente. Segundo os EUA, porém, toda a tecnologia usada tinha origem no Irã,
o país mais influente da região. Três meses depois, em setembro, um ataque a
duas instalações petrolíferas da Arábia Saudita ganhou as manchetes. O disparo
de 25 mísseis balísticos e drones contra duas refinarias (incluindo a maior do
mundo) aumentou ainda mais a tensão, com a suspensão de metade da produção das
petrolíferas, afetando 6% do abastecimento global. Para analistas, o objetivo
iraniano era desestabilizar a Arábia Saudita, aliada dos Estados Unidos desde o
final dos anos 1940, quando os americanos tornaram o petróleo um combustível
estratégico para seu desenvolvimento e supremacia econômica. Fora outras “tretas”
em off.
Petroleiro atacado no Golfo Pérsico em junho de 2019
Voltando a treta atual... Digo a crise atual.
O
ataque e a morte do General Suleimani levou o Irã a prometer vingança e gerou
especulação sobre uma Terceira Guerra Mundial. Mas esta possibilidade deve
acontecer? Na verdade não.
O Irã já se mostrou muito ativo na questão de “bater e depois correr” não assumindo
nenhum tipo de atentado ou ação militar, o que politicamente é mais vantajoso, “Culpem
os grupos terroristas nós não”, mesmo que eles sejam financiados pelo Irã. E
principalmente o Irã é uma força regional e sem peso para envolver as outras
potências globais no conflito. Sem a Rússia, a China ou a União Europeia
medindo forças com os Estados Unidos, não há uma guerra com dimensões globais. Ou
seja, guerra SIM, “3ª
guerra mundial, nem a pau Juvenal”. Lembrando que A Primeira e a Segunda Guerra Mundial
ocorreram na Europa, onde estavam as principais potências, com participação da
União Soviética, Estados Unidos, China e Japão. Não vai ter guerra agora porque
um conflito com o Irã não teria essa dimensão internacional.
A Rússia vai atuar na questão como um ator que impõe limite, uma
linha vermelha para as ações americanas o que ela já vem fazendo a muito tempo.
O ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, condenou os ataques, porem a
reação russa não passara do dialogo. Em relação a China há ainda menos
interesse em se envolver. Embora o desenvolvimento econômico tenha transformado
o país num grande consumidor de matérias-primas de várias partes do mundo, a
presença militar na região é pequena. Limita-se a uma base no Djibouti, país
situado na África. Já a União Europeia que mediou o acordo entre Barack Obama, ex-presidente
dos EUA, e o Irã para frear o programa nuclear dos iranianos deve atuar para
pedir calma. Líderes de França, Inglaterra e Alemanha já se manifestaram
pedindo calma e diálogo.
Os mísseis iranianos são uma peça-chave no aparato militar do país
Alvos do Irã
A Terceira Guerra Mundial não está a caminho, mas é claro que o
Irã vai reagir. O país perdeu seu segundo homem mais poderoso. O general Qassim
Suleimani era considerado um herói nacional e comandava a Força Quds, unidade
de elite da Guarda Revolucionária Iraniana. A grande probabilidade considera
três locais como alvos potenciais para retaliação: Iraque, Israel e Arábia
Saudita. "O primeiro e mais óbvio é dentro do próprio Iraque. Atacar
posições americanas no Iraque. Há 5 mil soldados no país e mais 3 mil serão
enviados ao Oriente Médio, porem junto aos soldados há todo poderio americano
no Golfo Pérsico. Depois, o Irã pode tentar atacar aliados dos Estados Unidos
numa agressão indireta, assim Israel e Arábia Saudita se tornam alvo. Israel
pode ser alvo porque representa o ocidente na região. Israel e Arábia Saudita
são alvos preferenciais, principalmente Israel porque sempre simbolizou os
interesses americanos na região. Ataques
que podem partir do próprio exercito Iraniano ou mesmo de grupos terroristas
financiados por ele. O Irã pode ainda adotar medidas que prejudiquem a economia
global fechando o Estreito de Ormuz que é a única ligação do Golfo Pérsico com
os oceanos, na sua parte estreita tem 54 quilômetros de largura e fica entre
Omã e o Irã. Uma ação militar impediria a passagem de navios petroleiros e
trancaria um local por onde passa 20% da produção mundial de petróleo.
A questão é, chances de 3ª Guerra mundial? numa escala de 1 a 10?
Eu diria que ficaremos no 1. Em meio a tanta especulação só podemos analisar o cenário pelos fatos ocorridos, a guerra é um futuro incerto. Agora que vai haver conflito, não tenha dúvidas. Quando falamos em Oriente Médio a "treta" é garantida.
4 Comentários
Olá Fernando, excelente texto. O conflito é histórico,também não acredito em 3 guerra. Antes de ocorrer um conflito mundial, acredito que deve ocorrer uma grande crise econômica,muito séria... como não houve até agora. O Oriente médio deve ser o início de um futuro conflito.
ResponderExcluirAbraço!
Exato amigo, bem provável, virão por ai embargos comerciais e claro muitos conflitos armados, mas para chegar a uma 3ª guerra precisaria bem mais que isso. Hoje os conflitos internacionais estão mais aos moldes da Guerra Fria.
ExcluirSalve Fernando, muito bom este texto; simples e direto ao ponto.
ResponderExcluirParabéns.
Valeu amigo! É bom compartilhar um pouco da visão com base nos acontecimentos.
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